Eu sou a lenda
Pois é, tempo sobrando, uma vontade de ficar andando pelo mundo (mil coisas pra fazer e nenhuma vontade a não ser ir ao cinema).
Vi o novo filme do Will Smith e acho que o nome poderia ser justamente este: O novo filme do Will Smith. Filme estranho, com cortes esquisitos e, claro, seres humanos bestializados que parecem, surpresa!, inimigos de quadrinhos.
(Às vezes, eu fico com pena dos quadrinhos e dos romances. E daquela geração que os imortalizou. Mas...)
Isto resume o filme. Aliás, marca também (eu não lembro de outro depois do ataque terrorista) o retorno do cinema americano à paranóia de destruir Nova Iorque – não que eu esteja reclamando – e o mundo. Desta vez, menos mal, a cidade fica inteira e sobra uma brasileira e um moleque.
Freud explica.
Dá pra ver sem peso de consciência.
***
Meu nome não é Johnny
Seguindo a promessa de ano novo, lá vou eu ao cinema de novo. Um filme por semana, um livro por mês e, pelo menos, um clássico de três em três meses. Vamos ver.
Bem, no telão está o Selton Mello, numa boa atuação. Aliás, minha avaliação para atuação é totalmente sem embasamento. A única coisa que posso dizer para validar alguma capacitação é que já vi o Lima Duarte, o Paulo Autran, o Oscar Prado, a Fernanda Montenegro e a Júlia Lemmertz atuarem. Desta forma, ainda correndo o risco de ter perdido algum aspecto da interpretação, creio que o elenco faz bem o seu papel. Sem destaque.
Quanto ao filme, é um bom filme. A história agrada, o roteiro é simpático – tanto que existem algumas cenas engraçadas, como a dos policiais civis que achacam o protagonista, ou a cena da briga entre os africanos e os traficantes, com o protagonista de intérprete no meio.
Claro que entendemos a função do humor em filmes como Cidade de Deus, Meu nome não é Johnny: é tornar o filme palatável. Aliás, avaliando bem a história que contaram, até que o jovem João não tinha do que se recuperar. Sua vida foi uma maravilha até quando esteve preso, se comparada a muitas vidas por aí.
Então, enquanto ficção, Meu nome não é Johnny está bem resolvido como um bom filme, enquanto lição de vida, como faz crer a juíza que comenta no final (o jovem João é a prova viva da capacidade de recuperação do ser humano), é um deboche nacional.
Dá pra ver na boa.
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Aliás, saí do cinema e me deparei com uma garotada de 15, 16 ou mais, acompanhada, creio dos pais, chorando.
A menos que sejam parentes do João, ou estejam no mesmo caminho, só posso acreditar que teremos uma nação mais inocente no futuro.
E eu quase me acabo de rir com isto e saio puto do cinema. Me desculpem.
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Queria entender por que todo filme de roqueiro drogado, a personagem ou parece com o Paulo Ricardo, ou com o Cazuza.
Máximo, preciso muito falar com vc. Meu cel: 8298-0875 Luiz França
ReplyDeleteOi, Max,
ReplyDeletevi seu comentário no Café...
Nunca tinha vivido algo parecido como o acidente de minha tia, mas só reforçou o medo que tenho de hospitais e delegacias, médicos e policiais...
bj.
Perfeita! Simplismente é isso...Concordo com vocêsobre o filme "i am legend" que pela publicidade feita eu esperava mais do que realmete mostro,em resumo a maioria da pesoa foi ao cinema para ver o Dr.Neville,e não o filme.Se tiver afim de conversar meu msn gta365@hotmail.com
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ReplyDeleteIsso não é perseguição não, ok! Comentei em alguns Blogs de amigos seu por estar voltado a esse mundo de Blogs agora e estou procurando pessoas que tenham coisas legais para discutir e expor (é uma desculpa meio esfarrapada pra tentar aumentar o cilco social).
ReplyDeleteSobre "I Am Legend", foi como assistir a um show do Will Smith, um construção apoteotica apenas para vangloriar e venerar a auto-imagem dele. E dessa vez precisou que 1/3 da população do mundo morresse pro cara se sentir bem na tela!
Quanto ao "Johnny", me abstenho. Não por ser parente, nem por achar o Selton o melhor ator da atualidade (ele está muito bem no filme por sinal, e concordo com você sobre a recuperação do indivíduo), mas por uma questão de gosto mesmo. Não sei se ficou "claro".