Então, cá estou eu de novo. Discordando. E não é de propósito, não quero parecer do contra, o chato ou coisa que o valha. Talvez seja a idade, mas, como diria o povo brasileiro, “eu quero é bater palma”.
Mas, não deu. O bonequinho de O Globo batendo palmas e em pé e as três estrelas do JB são demais. Se eu soubesse desenhar, faria um bonequinho sentado olhando o saco de pipoca.
O comentário de O Globo é esclarecedor “David Cronenberg (o diretor) permanece fiel à sua gramática sensorial e visceral”.
Então é isso. Eu não sei qual é a gramática sensorial e visceral de Cronenberg – vou falar assim pra dar um ar de intimidade. Mas, achei este filme meio mais ou menos. Talvez, seja visceral pelo pescoço da primeira cena...
(Intervalo. Internet, Geogle, “David Cronenber”... http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Cronenberg humm.. . ele fez isto... isto.. e isto... ah, tá. Não ajudou muito não. Informação instantânea. Tô na mesma. Fim do intervalo.)
Tirando a primeira cena, estranha, mas chocante – o resultado foi o cinema soltar uma grande gargalhada – e a luta dentro da sauna –muito boa por sinal –, não há mais nada. Qualquer um, digo, quase todo mundo consegue perceber que há algo de errado com o motorista do filme (que passa o tempo todo dizendo que é apenas um motorista) e, um pouco mais pra frente, já se sabe que ele é o mocinho e, provavelmente, um policial infiltrado.
Também pode tirar a conclusão óbvia quando o velhinho simpático e estuprador (taí uma mistura interessante no filme) pergunta se os “caçadores” conhecem seu filho e promove o motorista-policial-infiltrado a capitão.
A parte mais interessante do filme é o diário da menina que foge da sua cidade natal (um inferno) em busca de uma vida melhor (como cantora) porque um amigo lhe disse que poderia ajudá-la. O texto é forte – é o fio condutor do filme – e lembra o “Para sempre Lylia”, que, este sim, causou um mal-estar e, infelizmente, é inesquecível.
Resumo da ópera: não convenceu. Fica como um filme que tenta ser pesado.
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ReplyDeleteTentemos novamente, meu caro Máximo.
ReplyDeleteTudo bem? Você tem belos textos, críticas de filmes simples e diretas (o que facilita o entendimento de suas opiniões), bem como um "tino" para a poesia e, devolvendo o conselho: poesia não se tenta, se faz. Acredito que consegue se sair bem (melhor do que eu, disparado). Ok? Vamos ao assunto do post.
"Senhores do Crime", me deixou uma impressão muito boa, mesmo com pequenos clichês que, observando a obra como um todo (técnica e dramaticamente), não o torna um filme que não consegue o que se aspira.
É um filme diferente sobre máfia (russa, o que já é um ponto na diferença), bem dirigido, corpulento e denso, com uma bela atuação do Viggo Mortensen e, acima de tudo, frio (acredito o frio é uma figura importante no filme: Está nas relações, no clima, nas faces, na violência, essa sua maior representante). Suas personagens são bem construídas, mesmo quando falamos do bebê, que vive um paralelo com Viggo: ambos têm de lutar para sobreviver. Até a Naomi está bem na fita! E, falando do Semyon (o velhinho tarado e cruel), realmente ele é uma ótima combinação de papai-noel com qualquer serial-killer que escolher. Além, é claro, da história ser muito bem amarrada.
Bem essa é minha "pequena" contribuição para essa crítica.
Qualquer coisa, estamos ai e no Mundo maluco.
Abração.
Bem, Iuri. Concordo com a sua avaliação do filme. São detalhes que eu ou não me atentei, ou não valorizei - o que dá na mesma.
ReplyDeleteObrigado pela contribuição. Abriu um pouco mais os meus olhos para outros aspectos que me escapam.
Quanto ao título da poesia é um toque de falsa modéstia para justificar os textos que produzo e não acredito.
Um abraço e façamos.
Cara, gostei do filme.
ReplyDeleteRealmente tem alguns clichês..., mas é um block-buster, e não um filme cult. Então, tinha que ter.
Forçado mesmo foi a heroína levar o diário para ser traduzido justamente pelo lobo mau. Pé-frio ela, não é mesmo?
Você gosta de histórias de mistério? Acompanhe "Fragmentos de um Romance". Ainda está no começo, mas já vai fazer você pensar!
Braços!