Uma conhecida disse tudo: “Rambo? Rambo já passou. Acabou.” E é isso mesmo. O filme não é ruim, mas é... assim, só mais um filme. Nada demais. Talvez, um berço para os saudosistas... Sei lá. Vale a pena ver? Vale. Você vai lembrar deste filme daqui a duas horas? Não.
Claro que os fãs do Stallone gostamos de vê-lo em ação de novo, aos 61 anos, grande pra caramba, durão e gente boa, grunhindo algumas frases de efeitos entre uma flechada aqui e uma cabeça explodindo ali. Mas, é isso.
Aliás, não que eu seja muito sensível, afinal moro em frente ao morro do macaco, em Vila Isabel, mas este filme é o mais violento da série. É tiro na cabeça de homem, mulher. Um general pedófilo. É estupro coletivo. É pedaço de braço, perna. É cabeça explodindo, de novo. É criança sendo arrancada da mãe e jogada no fogo – isso me assustou. Enfim, muito sangue e mais sangue e mais sangue. Ou seja, a bestialidade que só a raça humana é capaz de desenvolver seja na “arte”, seja na vida real.
O detalhe é que o Rambo deste filme quase resolve tudo no braço. Praticamente não carrega armamento, a não ser uma pistola.
A parte estranha é a descrença do soldado com relação ao mundo e sua vidinha, lá no meio do nada, pescando peixes e dando aos monges, caçando cobras e tendo pesadelos com os outros Rambos.
Já encheu também o efeito especial que transforma tudo em desenho animado. As cenas dos tiros que arrastam os corpos são de uma tolice inexplicável até para um filme deste tipo.
No final, ele voltando pra casa do pai é algo que dá aquele toque politicamente correto e piegas.
Enfim, o cearense viu, mas você pode esperar a Tela Quente.
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Não que eu esteja reclamando, mas está rolando uma festa PLOC nos Estados Unidos? É Rocky, Rambo, Duro de Matar, Thundercats...
Vão acabar ressuscitando o Van Damme – que é uma espécie de Cigano Igor do cinema internacional – e o Steve Segal.
Não leva a mal, não, mas ninguém precisa de um outro dragão... tenha ele a cor que tiver.
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As avaliações que coloco aqui caem por terra se lembrarmos de que todos estes filmes não têm pretensão de ser cult, mas de agradar ao grande público e arrecadar, arrecadar e arrecadar, ou, como diria o Capitão Ócio, ser um blockbuster.
Meu camarada! Agradeço a citação! O cinema americano produz muita coisa ruim, mas muita coisa boa também. Pena que no nosso querido e amado terceiro mundo chegam mais coisas ruins do que boas.
ReplyDeleteGostaria de ver seus comentários sobre filmes nacionais. O que acha?
Braços!
PS: Leia meu romance (que vai acabar sendo uma novela). Está no sexto capítulo e o suspense continua.
Filmes nacionais... hummm, se for da Globo Filmes, destes que eram pra ser um programinha depois do fantástico... eu já vou de má vontade.
ReplyDeleteAgora, curti os blockbuster (?) Tropa de Elite, O homem que copiava, Ó Pai ó, O auto da compadecida, gostei muito de vencedor do Oscar "Central do Brasil - vencedor moral...
O amarelo manga me causou um mal-estar e, juro, achei um tanto gratuito... sei lá... mas, acatarei a sua sugestão: comprarei alguns nacionais.
Manda o livro... não sei quanto tempo demorarei pra ler, mas lerei e opinarei.
Abraço.