Meu coração tem botequins imundos,
Fonte de imensas promessas infindas.
E quando, ao anjo torto que mespreita, pergunto: É hoje?
Ele responde: Ainda não... Não ainda.
Nessa congregação, meus irmãos brindam
A um mundo de espíritos e almas decaídos também.
Rezam um "padre nosso" em língua pobre
Para um anjo bêbado e debochado, que responde: amém.
E quando, em casa, espero as horas para devolver a alma,
Para retomar a eterna calma,
Escuto: não chegou a boa hora bem-vinda.
Olho o anjo guache que me espreita a vida,
Pergunto: Missão cumprida?
Responde: Ainda não. Não ainda.
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