É hoje, gente. O Menino Voador faz 30 anos.
O Menino Voador faz 30 anos e eu tenho nervoso de saber ainda como é que passarim continua voando quando fica grande - e a resposta já vem já: é que este passarim, benza Deus, manteve o sorriso, manteve os amigos, encontrou um caminhar que resiste às intempéries e ainda distribui o melhor abraço-casa do mundo. Esse passarim passeia e suaviza uma brisa no mundo quente.
O Menino Voador faz o aniversário do pai dele como pai - ele que acreditou tanto em mim, mesmo quando eu nem sabia de mim e de que viver é impreciso; mesmo quando eu, impuro, dava lições de dureza; mesmo quando o pai dele era um poço já desnecessário de palavras armagras.
(Tadinho do Menino que teve que ficar forte sem perder as asas. Hein, Che?!)
O Menino-Homem Voador é leal e justo. Me orgulha mais demais, tanto que eu queria um canto que as avós dele vissem - vicejassem nele. E vivissejam. É o Menino O Menino-Homem generoso com o mundo - que amiúda conforme se tem notícia. O Menino, O Homem faz suas próprias escolhas-voos - e tá certo no certíssimo: a vida é uma de cada um, mais os abraços e os encontros. Sábio é quem não esquece o voar.
O Menino-O Homem-O professor tem o amor de quem chega perto. E é meu Eu primeiro - e me fez ficar de pé, num novo catecismo. Amém, Meu Filho, O Menino-Homem, que me ensinou outro eu e me batizou numa espécie de primeira comunhão com mundo. Por Ele, fui primeiramente salvo.
Agora, agora já faz tanto tempo que foi ontem, e você subiu a montanha comigo. Agora, vamos curtir um pouco a paisagem, que a gente merece. E já é quase tarde um pouquinho, que depois eu vou descer.
(Mas você, meu anjo da guarda, fica para esperar a sua irmã.)
Que eu te amo. Amém.
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